sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não há nada como a vida no campo

Quem quer que tenha inventado esta frase devia levar uma martelada na tola. E porquê? Eu dou as minhas razões!

Estava eu num belo dia a chegar a casa quando vi uma aranha enorme e preta com desenhos amarelos nas costas. Escusado será dizer que preguei um berro de todo o tamanho. Depois, entrei em casa e encontrei um louva-a-deus nos cortinados da sala. Resultado: mais um berro. Mais tarde descobri que o Orelhas tinha uma carraça enorme na orelha. E quando finalmente cheguei ao meu quarto, apercebi-me que a vaca da vizinha estava a mugir sem haver meio de parar. Pelos vistos, devem-na ter separado do seu bezerro, e ela mugiu durante dois dias e duas noites. Quem é que é capaz de fazer isto a um bicho? Mas lá para as três da manhã, quando já estava tão cansada que o choro da vaquinha servia de embalo, lá acabei por adormecer.

E qual não é o meu espanto quando no dia seguinte acordo e descubro que uma melga me mordeu! Estava a dormir no mesmo quarto que o meu irmão, mar o raio do bicho decidiu que o meu sangue era mais saboroso. E se pensam que isto acaba aqui deixem-me dizer que não! Com o atraso provocado pelas picadas, quando cheguei à mesa o pequeno almoço estava servido, e uma mosca decidiu que o meu copo de leite era um bom sítio para nadar os mil metros costas! Agora digam-me que isto é boa vida! Digam lá.

Mas… se bem que visto por outro lado, ontem à noite vi um mocho à beira da estrada e o meu pai parou o carro para olhar para ele durante uns bons 5 minutos. O mocho era lindo, castanho e de olhos brilhantes, e estava a olhar para nós. Agora digam-me lá: quantos de vocês já viram um mocho na IC19?

E ao chegar a casa, longe do barulho das luzes, deparei-me com o céu mais estrelado que vi na minha vida E por céu estrelado não quero dizer a meia dúzia de estrelas que se vêm em Lisboa. Quero dizer milhares e milhares de estrelas que quase fazem com que o céu passe de preto a cinza!

E hoje de manhã tenho tanto, mas tanto, mas tanto para fazer, que acabei por tirar uma foto a um rebanho de ovelhas que estava a passar.

E no meio disto tudo lá fico eu sem me conseguir decidir se adoro o campo, ou se o detesto!
 
Agora peço desculpa mas tenho de ir tirar a galinha do parapeito da jannela que me está a dar cabo dos cortinados (não é brincadeira).
 
aSS: Rita
 
Ps: A Marta está fora e não tem net, deve voltar hoje ;)

2 comentários:

  1. Doming vou pa odeceixei, lá tou no campo e n me importo nada, acordo sempre com o barulho das rolas nos pinheiros, à noite vejo o céu cheio de estrelas e estrelas cadentes, como só comida guerlhada, não me importava nada de viver no campo, assim sempre podia ir aos passaros, mas sempre que vou aos meus tios que moram na pocariça, uma terra perto de Olhalvo vejo sempre águias ou falcões ou mochos, os mochos são tão pequeninos e fofos :3

    ResponderEliminar