sexta-feira, 11 de março de 2011

Corrente Transhumanista

O Céu É o Limite
Vendo bem as coisas, não é assim tão porreiro pertencer à espécie humana.

"Todos os dias, 32'000 crianças morrem de causas evitáveis, 20'000 de fome. Entretanto, governos gastam milhões em armas que nos permitam destruir a vida na Terra. Aliás, é até bastante provável a espécie humana auto-destruir-se. Somos atingidos por milhares de doenças mortais, milhares de doenças que afectam a nossa qualidade de vida e vamos todos, inevitável e previsivelmente, envelhecer e morrer. No fundo, talvez não sejamos tão "bons" como pensamos ser.
Um transhumanista, no fundo, é todo aquele que tenta melhorar a sua vida e a sociedade em vez de rezar. É claro que existem outras ideologias e sistemas filosóficos com raízes ateístas que partilham esta visão. O que distingue os transhumanistas é a ideia que a evolução individual e da humanidade como um todo se vai basear na tecnologia. O objectivo dos transhumanistas é um auto-aperfeiçoamento e uma evolução da espécie humana através de uma utilização racional das tecnologias que a Ciência nos oferece. O que os transhumanistas têm em comum é o desejo de evolução colectiva ou individual através de meios tecnológicos em direcções desconhecidas e até temidas por muitas pessoas. Um processo de utilização racional, sensata e inteligente da tecnologia para proveito próprio.
Imagine o que é deixar de envelhecer! Imagine o que é ter o dobro da inteligência e memória! Imagine o que é viver num mundo que não seja constantemente devastado por doenças ou guerras! Imagine colonizar e conquistar outros planetas! Desengane-se quem pensa que estes objectivos são inatingíveis no futuro. E quando eu refiro "futuro", eu refiro-me a um "futuro" que muitos de nós vamos viver. Os transhumanistas procuram compreender estas e outras tecnologias e a melhor forma de as utilizar; os transhumanistas tentam antecipar e compreender as grandes revoluções tecnológicas das próximas décadas de forma a permitir uma utilização racional das mesmas que leve ao progresso da espécie humana.
Não é possível prever se uma tecnologia vai ser útil ou destruidora. Mas assim que se desenvolve determinada tecnologia, esta não pode ser esquecida ou apagada. Ao contrário de ambientalistas e teólogos, os transhumanistas, na sua maioria filósofos, cientistas, ou investidores ligados à nova economia, pensam que compreender os avanços tecnológicos é melhor do que tentar destrui-los; quanto mais não seja porque a última opção é praticamente impossível num mundo dividido em dezenas de estados independentes, incluindo alguns claramente hostis ao Ocidente.
O transhumanismo começa com uma melhoria individual que, consequentemente, leva a uma melhoria da Humanidade como um todo. Algumas pessoas poderão querer apenas deixar de envelhecer enquanto que outras pretendem também aumentar a sua inteligência. A liberdade individual é um dos poucos princípios éticos em que os transhumanistas concordam. Se houver pessoas que não querem usufruir das tecnologias, ninguém as pode contrariar. Os transhumanistas pretendem-se libertar das correntes que limitam o ser humano mas não pretendem obrigar ninguém a esse progresso. Existe inclusive uma divisão do transhumanismo chamada extropianismo que defende princípios de economia e política ultra-liberal — sob a forma de uma ordem espontânea — na qual se defende que a humanidade evolui melhor sem um planeamento central ou ordens constantes. Esta filosofia transhumanista tem bastantes seguidores, principalmente nos EUA — diga-se a título pessoal que eu não concordo com o princípio de ordem espontânea apesar de ser um enorme defensor da liberdade individual.
Uma pessoa deve sempre procurar novos objectivos e novas fronteiras. Num mundo onde a perfeição não existe, ela é o único objectivo possível. Devemos tentar sempre ser melhores do que somos, sempre a remodelar as nossas capacidades. A evolução da espécie humana já não é, nem pode ser, um processo natural. Relembrando Thomas Huxley: "A civilização é um protesto contra a natureza; o progresso exige que nós assumamos o controle da evolução." Por isso é que "o céu é o limite". Uma espécie que como a nossa pode conquistar o céu, não se pode contentar com a Terra."

http://transhumanista.no.sapo.pt/intro.htm


 Sinceramente não sei se é bom ou mau...


 Sem palavras...Marta

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3 comentários:

  1. Martinha: isto é mau, horrível.
    Imagina um mundo onde percas o teu livre-arbítrio, onde deixes de ter emoções, de viver, de tudo.
    Sinceramente: é para onde este texto me leva...um futuro onde eu possa decidir se quero manter a mesma idade ou ter um QI igual ao do Einstein, não é bom.
    Bjs

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  2. Minha querida martinha, eu cá estou como tu~, indecisa.
    Mas com uma coisa concordo cegamente: "Aliás, é até bastante provável a espécie humana auto-destruir-se."
    Rita

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  3. Inês: Acho que ajudar as pessoas a melhorar a sua posição consigo mesmas é bom, mas concordo plenamente em que escolher o QI é uma aberração! Cada um tem de se esforçar para ser o que é não comprar uma personalidade pré-fabricada!

    Rita: Sim, também fiquei a pensa muito nessa frase...

    Bem, sinceramente acho que esta corrente não tem lá muitos beneficios tendo em conta os prejuizos e aberrações que se vão formar. Mas temos de admitir que talvez isto seja uma das hipoteses de um futuro a gerar e que, infelizmente, seja a mais provavel de acontecer devido a tecnologia que temos, ficando assim o ser cada vez mais biómico...
    O ser humano deve tentar sempre transcender-se mas também manter-se fiel ás suas raízes.

    Ass: Marta

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